Curso Livre Varíola dos Macacos (Área do Aluno)




A Parâmetro Saúde tem o prazer de oferecer este curso para que você possa obter mais conhecimentos sobre a enfermidade Varíola dos Macacos. Será um prazer tê-lo como aluno e ao final você receberá um certificado.

  • Idioma: Este curso encontra-se disponível atualmente no idioma Português.
  • Nível: Básico
  • Carga Horária: 4h
  • Tipo: Livre
  • Modalidade: À Distância
  • Público Alvo: Profissionais de Saúde que estão buscando informação introdutória sobre a varíola dos macacos e para o público em geral que deseja conhecer os sintomas e como buscar a ajuda necessária. 


Ao final do curso o aluno deverá estar apto a:


  • Entender o conceito de Varíola dos Macacos;
  • Conhecer o processo de transmissão;
  • Inteirar-se dos sintomas;
  • Saber como é feito o diagnóstico;
  • Aprender como se prevenir e tratar a enfermidade;
  • Informar-se como obter ajuda necessária

 

Introdução

Introdução


    De acordo com a Biblioteca virtual do Ministério da Saúde a varíola dos macacos é uma enfermidade classificada como zoonose viral que é quando um vírus é transmitido ao ser humano através dos animais. O vírus em questão é o monkeypox. Ele pertence ao gênero do orthopoxvirus." A varíola classica foi erradicada mundialmente em 1980; no entanto, a varíola dos macacos vinha ocorrendo em partes da África Central e Ocidental, perto das florestas tropicais húmidas até que nos últimos meses começou a ser tema de debate o aumento de casos no mundo. Normalmente, a mortalidade nos surtos da varíola dos macacos tem sido de 1 a 10%, mas com os cuidados adequados, a maioria dos doentes se recupera. Este curso classificado como livre e atualmente gratuito em seu conteúdo e com certificado grátis para os que se inscreverem até dia 15 de setembro de 2022, após essa data de lançamento o certificado, terá uma cobrança de um valor simbólico de R$ 5,00. O Curso irá fornecer uma introdução geral à varíola dos macacos e destina-se aos profissionais de saúde que desejam obter um entendimento preliminar sobre a doença e para o público em geral para ter conhecimento acerca das nuances desta enfermidade.



A Enfermidade - Conceito


    A Varíola do Macaco, é uma doença causada pelo vírus monkeypox da família dos ortopoxvírus. Ela é considerada uma doença autolimitada, ou seja, aquela que tem um ciclo conhecido de início, meio e fim dos sintomas, mas que pode levar a uma maior gravidade e inclusive, à morte. O sinal mais importante desta enfermidade é o aparecimento de erupções cutâneas graves, ou seja, pústulas, que são "bolhas", na pele de forma aguda semelhante à variante clássica da Varíola. 

    No início da década de 80 a Varíola clássica havia sido erradicada inclusive com diminuição e cesse da vacinação, no entanto, nos últimos meses de 2022 foi observado um aumento mundial no número de casos da variante dos Macacos o que acendeu o alerta da OMS e do mundo. 

    De acordo com a OMS, a varíola dos macacos foi identificada pela primeira vez como uma "doença de primatas não-humanos". Já nos humanos foi identificada pela primeira vez na década de 70 na República Democrática do Congo.

 

 

Transmissão

Transmissão de animais para humanos

    Logo após início do manuseio de animais infectados como ratos gigantes da África, macacos e esquilos do tipo "corda", o contato com fluidos corporais ou lesões destes, bem como a ingestão de carne mal cozinhada de animais infectados deu-se início ao processo de transmissão onde, em resumo, qualquer contato com essas características é considerado um fator de risco para a transmissão. 

    É importante destacar que a varíola dos macacos ocorre principalmente em torno das florestas tropicais húmidas da África Ocidental e Central como frisa a OMS em seu manual. O hospedeiro natural da varíola dos macacos ainda não é totalmente conhecido pois muitas "espécies de roedores pequenos e primatas não-humanos são suscetíveis ao vírus monkeypox". Após a erradicação da varíola, o vírus monkeypox emergiu como o ortopoxvírus mais significativo em humanos. 

Transmissão de Humanos para humanos

 Como já mencionado no início do curso, a Varíola dos Macacos é causada pelo vírus Monkeypox e como em qualquer doença viral, um indivíduo com baixa imunidade estará mais suscetível de ser acometido por esta enfermidade. De acordo com manuais do Ministério da Saúde do Brasil a transmissão ocorre quando há contato próximo com fluidos corporais, lesões, gotículas respiratórias e materiais/objetos contaminados de outras pessoas. Ainda nessa linha é importante entender que as roupas de cama são locais potenciais de transmissão. O contato físico próximo com casos sintomáticos devem ser evitados pois há uma grande propensão ao contágio.

Profissionais de Saúde

    Os profissionais de saúde, por estarem mais propensos ao contato direto com pacientes com varíola dos macacos correm maior risco de infecção, inclusive de transmitir a enfermidade para familiares.


Sintomas e Diagnóstico


Período de incubação 

    Apesar de ser praticamente consenso que o período de incubação, ou seja, o intervalo entre a infecção até ao início dos sintomas, ser de 6 a 13 dias, esse pode variar entre 5 a 21 dias.

Sintomas

    A infecção por monkeypox ocorre em duas fases. Na primeira, chamada de período de invasão, que ocorre entre os dias 0 e 5, o indivíduo acometido pela enfermidade começa a sentir febre, dor de cabeça (cefaleia), dor no corpo, inchaço em nódulos linfáticos (linfadenopatias), dor muscular (mialgia), dor nas costas e fadiga. Já a erupção cutanea que é característica da varíola, ocorre entre os dias 1 e 3 após, normalmente, o início da febre. Ela tem início no rosto e vai se espalhando pelo tronco e membros. 

  • Febre
  • Cefaleia
  • Dor no corpo
  • Linfadenopatias
  • Mialgia
  • Dor nas Costas
  • Fadiga

A evolução das lesões eruptivas da Varíola dos macacos

    As lesões eruptivas que aparecem na pele de quem é infectato, evoluem de lesões com base plana (as máculas) para lesões firmes elevadas (as pápulas) e logo para as bolsas cheias com líquido transparente (vesículas) para uma erupção cheia com líquido amarelado (pústulas) e, ainda assim são seguidas de crostas, onde estas últimas podem demorar três semanas para desaparecerem.
  • Máculas
  • Pápulas
  • Vesículas
  • Pústulas
  • Crostas

De acordo com a OMS, essas erupções podem afetar o rosto o que acontece em 95% dos casos, as mãos e plantas dos pés (75%), membranas mucosas orais (70%), órgãos sexuais (30%), as conjuntivas e córnea (20%).

Diagnóstico e Diagnóstico diferencial

    O diagnóstico da varíola dos Macacos é realizada através de aspectos clínicos e laboratoriais. São realizadas análises através de amostras de fluidos das lesões, da crosta por exemplo por pessoal qualificado e com EPI - Equipamento de Proteção Individual em laboratórios seguindo procedimentos de armazenamento e transporte seguros das amostras. O vírus pode ser melhor identificado com testes de ácido nucleico por PCR, já os métodos de deteção de antígenos e anticorpos não são específicos

Devido às características das lesões muitas vezes a Varíola dos Macacos pode ser confundida com outras enfermidades entre elas podemos citar o Sarampo, Varicela e a própria varíola "clássica" que até então está erradicada, além de se assemelhar a alergias a medicamentos, sífilis, infecçoes dérmicas causadas por bactérias e a sarna. Pelo fato de ser semelhante é necessária a devida confirmação e diagnóstico definitivo através de uma visita ao médico para realização de exames laboratoriais.

Tabela OMS

Tabela extraída do curso introdutório da OMS sobre Varíola dos Macacos (Carater meramente ilustrativo e informativo) 





Prevenção e Tratamento


A prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão bem como do engajamento da sociedade. 


Os profissionais de saúde, por exemplo, que tratam os doentes ou manuseiam as amostras devem tomar as precauções padrão inerentes à sua profissão, principalmente relacionadas ao contato que são: lavar as mãos antes e depois de ter acesso ao paciente ou a amostras. utilizar adequados EPI's, equipamento de proteção individual como luvas, óculos, máscaras, batas e botas; confirmar se o paciente está isolado; garantir a descontaminação do ambiente através da eliminação de qualquer resíduo potencialmente infectado.


Não somente os profissionais de saúde, mas qualquer pessoa que tenha entrado em contato com alguém com a varíola dos macacos deve evitar contato próximo e seguir o mesmo padrão na utilização de luvas e outro equipamento de proteção; lavar sempre as mãos antes e depois de tratar ou visitar pessoas doentes.


Devido ao fato da Varíola dos Macacos não ter cura, o tratamento passa por um processo de gestão de casos em cuidados de apoio específicos dos sintomas


Também são usadas as vacinas como processos de prevenção e, segundo a OMS, as primeiras vacinas "vaccinia da primeira geração utilizadas para prevenir a varíola também protegeram em grande parte os vacinados contra a varíola dos macacos." . Em 2019, uma nova vacina para a varíola também foi destacada para a prevenção da varíola dos macacos em adultos. 


Estão em curso mais estudos sobre a vacinação e tratamento bem como testes. Os testes são importantes para ter a dimensão das infecções por monkeypox.


  

De acordo com o Jornal Diário Potiguar, por exemplo, a Anvisa recebeu recentemente um pedido de registro de um teste para a Varíola dos Macacos.


Concentrar-se em uma educação e medidas para reduzir a exposição e contato com enfermos, bem como seguir as dicas apresentadas aqui sobre a não ingestão de carne de animais selvagens e evitar o contacto, usar EPI'S como luvas e roupas de proteção para manusear inclusive animais.


Em resumo, não só os profissionais de Saúde, mas qualquer cidadão pode se prevenir com essas dicas simples.

Leitura complementar


Leitura complementar


Deixamos como sugestão de leitura complementar os seguintes sites:


- https://bvsms.saude.gov.br/02-6-variola-dos-macacos/

- Nota técnica da Anvisa 003/2022 - Aqui

- https://openwho.org/courses/introducao-variola-dos-macacos


Referências Bibiográficas


Referências


Varíola dos macacos: Curso introdutório para contextos de surto africanos. Open Who, 2020. Disponível em: https://openwho.org/courses/introducao-variola-dos-macacos/items/1HMXUMfvRT5onR4gJ2cbAm.   Acesso em: 07 de agosto de 2022.


Varíola dos macacos. BVSMS, Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/02-6-variola-dos-macacos/  Acesso em: 07 de agosto de 2022.


Conclusão



Se você chegou até aqui significa que se dedicou para aprender mais sobre essa enfermidade e pode ter uma noção introdutória sobre conceito, sintomas, tratamento e prevenção.


Agora você pode fazer a avaliação e obter seu certificado. Leia abaixo o tópico certificado e clique em Obter Certificado.



Para que você obtenha o certificado de conclusão do Curso Livre Varíola dos Macacos, é necessário responder a um pequeno questionário avaliativo cuja nota será de 0 a 10 e aquele que conseguir acertar pelo menos 60% (6/10) das perguntas da prova final estará aprovado para o recebimento do certificado de conclusão de cumprimento de curso livre. O curso em si é livre e gratuito, no entanto o certificado para os que se inscreverem depois do dia 15 de setembro de 2022 (prazo final de lançamento, tem um custo de R$ 5,00 que é um valor simbólico diante da contribuição que o curso pode trazer para a sua vida profissional.


Para mais informações de como solicitar o certificado nos envie e-mail para: parametrosaude@gmail.com


Termos e Regras 

a) O curso é livre e por isso não oferece registro de qualificação servindo como uma fonte de conhecimento complementar.
b) Qualquer informação aqui apresentada tem caráter informativo e não substitui a busca por um profissional de saúde apto para avaliar o seu caso. Não vale como consulta médica. Procure um Profissional para sanar qualquer dúvida que tenha. 
c) O aluno declara, no ato da inscrição que todas as informações apresentadas são verdadeiras e que a Parâmetro Saúde não ficará responsável por quaisquer tentativa de fraude ou burla na inscrição ficando a responsabilidade unicamente para quem usar de má fé. 
d) Quaisquer outras regras não contidas neste termo será avaliado pela Parâmetro Saúde
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